quarta-feira, 12 de agosto de 2009

reaprender - v. tr. aprender novamente... gostava de pensar neste verbo pura e simplesmente quando somos ainda miúdos e quando, em regresso às aulas, existem matérias que temos de reaprender novamente para seguir com mais um ano de aprendizagem que aí vem... gostava de verdade. na verdade, hoje, esse verbo é muito mais que isso pelas piores razões. passado muito tempo, hoje é dos primeiros dias em que estou a tentar reaprender qualquer coisa, nem que seja simplesmente a pensar e iniciar a "fase do puxar cordelinhos"... não sei se já sentiram a vossa alma fora de vós... sentirem que não são vós próprios porque na realidade, algo vos impede mas que não sabemos o que é. talvez eu até saiba o que me prende. eu sei que sei. é a preguiça, a tibieza... 1. Qualidade do que é tíbio. 2. Fig. Frouxidão, fraqueza. 3. Falta de fervor. 4. Frieza. 5. Falta de zelo. tenho a noção que estou consumida por tudo isto. não há nenhum significado desta nova palavra que não esteja encaixado em mim nestes últimos meses. deixei arrastar algo que não devia e agora, toma dimensões abismais que me conduziram simplesmente a não saber o que fazer. deixei de saber estar com Deus. não tenho conseguido rezar porque simplesmente não sei como o fazer. sinto-me péssima por saber que está Alguém comigo a tempo inteiro e eu não tenho feito rigorosamente nada para estar com Ele. e na verdade até me sinto a marimbar para isso... não há nada que tenha feito para contrariar isso... perdi hábitos, perdi rotinas, coisas boas que me permitiam ser "feliz" sem estar na merda como ultimamente acho que tem sido a minha vida. e a culpa é única e exclusivamente minha. como consequência disto, tenho perdido qualidades... ou pelo menos eu acho que eram. a noção mais perfeita nisso está na escrita (não tenho escrito) e na forma como me relaciono com os outros. tive necessidade de me afastar dos que me são mais próximos porque me sentia cansada, mas sobretudo noto essa frieza dentro de mim. como se tivesse congelado o coração, o arrancado do peito e posto numa prateleira para o resolver quando me desse na real gana. continuo impávida, sem reacção... será que alguém me dá ali um toquezinho e me guia para o caminho que sei que quero? esse caminhar implica caminhar, errar, perder tempo, sofrer também. mas é o caminho em que estou com Ele. é o caminho que quero escolher. não me quero simplesmente guiar pela corrente. sei que preciso de ajuda, tenho necessidade de reaprender, mas preciso de algo mais do que este ímpeto que tenho no coração e que por agora não tem tido influência alguma nas minhas decisões. até nisto me noto mais fria... se outrora já pensava muito com a cabeça, agora não me deixo levar por completo. entristece-me. terei perdido eu a confiança ou nem sequer chegado a ganhá-la?

1 comentário:

Anónimo disse...

Mais coisa menos coisa, estamos no mesmo barco. E estava agora mesmo a pensar nisto, quando vi 'Evangelhos Quotidianos' acumulados, por abrir, no meu email. Será que estou de férias de Nós (eu e Ele)? Não sei, mas estou nisto há muito tempo. Não quero, não gosto e não sei (não consigo? não quero?) sair.