É por isto que eu gosto de Lisboa. Pela multiculturalidade, pelas diferentes formas de estar e ver o mundo. Não existem ideias pré-concebidas de ninguém que passa pq na verdade, de tão rápido que passam, é nos impossível pensar nelas. Não há crítica que se possa apontar. Cada um vive a sua própria vida. Resta-nos observá-las com aquela lupa microscópica do nosso olhar e num espaço limite muito, muito apertado. Limitamo-nos a olhar os gestos de quem vai ao nosso lado no autocarro e alegramo-nos com aqueles velhinhos que ainda rijos, sobem a custo aquele transporte, sabendo que talvez, na minha terra, alguém daquela idade já não o faria.
É como se diz, o espaço obriga-nos a alterar comportamentos e a calejar-nos o ser. E isto nem sempre precisa de ser mau.
Gosto deste reboliço todo, cansa-me tanto, mas gosto mesmo por isso. Consome-me por completo as energias e faz-me crer num dia bem aproveitado. Independentemente do que se tenha feito.
(texto inacabado)
