terça-feira, 14 de abril de 2009

Escrever a tinta permanente...
Contrariamente ao que possam ter pensado, não, não fiz uma tatuagem... =P
Suscitou-me interesse esta frase pequenita numa daquelas revistas que vem a acompanhar o jornal cá de casa no fim-de-semana. Foi motivo para parar por uns minutos pra entender algumas coisas que estavam nas entre-linhas desta frase de quatro palavras...
Não sei se já tenho idade pra pensar desta forma, mas na verdade sinto que quando construimos a nossa vida, à medida que vamos crescendo e tomando responsabilidades, as linhas do livro que escrevemos ficam mais direitas, a letra menos tremida e começamos a utilizar outros tipos de tinta... foi nisto que parei pra pensar: na cor e no tipo de tinta que quero já em certos aspectos da minha vida.
Ora vejamos: a cor da tinta que uso na minha vida quero que seja forte e intensa; sei que tenho agora o melhor tempo do mundo,é este, o da minha juventude. Sei que o posso desfrutar à brava sendo como sou. Quero viver os momentos que tenho com a sua devida intensidade pra os recordar sempre como momentos únicos e bem passados; talvez pela idade que tenho, a caneta às vezes deite uma cor mais clara do que era suposto. Será uma pena se não aproveitar alguns momentos chave do meu crescimento, mas a vida é mesmo assim.
Quero que a cor da minha caneta seja intensa e forte pra deixar bem assente em mim (e aqui C. pode ser visto como uma tatuagem!) princípios, pessoas, gestos e um Deus de Amor imenso que faço por seguir todos os dias!
Agora não me faz sentido se a intensidade da tinta se for com uma simples apagadela ou com corrector barato... ou seja, acho que faz sentido gravar com "força" e pra sempre muitas coisas boas; outras não as tornar tão passageiras e outras ainda continuar a tatuá-las como forma da sua permanência.
Talvez haja gente que não concorde com o assegurar certezas. Mas pra mim faz sentido. Posso fazê-lo. Não me impedirá de viver um futuro com maior abertura; acho que me fará entrar nesse futuro bem melhor.
Para mim torna-se importante conhecer as certezas para ultrapassar outras incertezas e medos que são superiores.
Mas acima de tudo quero neste livro da vida escrever a tinta permanente, Deus. Ainda não encontrei essa tinta especial para um todo o sempre... Acho que essa tinta não a encontrarei, porque simplesmente não se trata de não esquecer, trata-se de viver constantemente a tarefa de O desenhar no meu livro. =)
Os amigos igual. A família mais ainda. Mas nestes dois grupos tão bons e imprescindíveis já utilizo para alguns uma tinta - PARA TODA A VIDA, é a marca dela. Esta tinta seca e por isso tento escrever com ela o melhor e mais que posso naqueles que me são tão próximos e de quem verdadeiramente gosto.
Fui antagónica agora. Na verdade com alguns até nem escrevo muito. Mas aqui a tinta toma outro papel, torna-se um sentir a que gosto de chamar reciprocidade e toques.
Gosto de ir escrevendo a minha vida segurando uma caneta dada por Deus onde os dois assumimos um papel de poetas natos e tornamos o meu mundo tão bom! Há de tudo um pouco.
Existem variadíssimos temas a compôr esta compilação de poemas (nem vocês imaginam), pode não ser um livro fluído na sua leitura mas é o que de mim tenho e sou e descobri até agora. Ainda não sei quando tenho de parar; sinceramente não me importo. Sigo. Haverá folhas desse livro muito rassuradas, outras meio rasgadas, outras tão perfeitinhas... Mas de todas se faz o livro.
E tu escreves? e como é a tinta da tua vida?

2 comentários:

C disse...

associei a tatuagens! n sei, é isso?

Ana disse...

Por gostar tanto de escrever, consigo compreender (à minha maneira) tudo o q disseste. Tintas para toda a vida q ficam como tatuagens. E outras q, mesmo q se apaguem, fazem mossa e nos transformam, para bom e mau. Seja como for, tudo faz parte do q somos e do q aspiramos vir a ser.
=)