segunda-feira, 30 de junho de 2008

E pronto... o fado é assim... tudo diz... a verdade, com ajuda de harmoniosas guitarras portuguesas vai desmascarando o lado mais puro de cada lusitano... Ao ouvir um bom fado é impossível nao sabermos tirar o fundo de cada palavra cantada ao som de maravilhosas notas que me aconchegam e me fazem sentir bem! Foi sair no DN as duas primeiras faixas do novo CD de Mariza que ataquei imediatamente o jornal do vovô para levar para casa e descobrir esta maravilhosa faixa...! Ao ouvir esta música pela primeira vez senti-me dentro de um arraial daqueles bem típicos onde os pequenos e graúdos participam e onde existe tanta alegria no ar! Faz-me pensar nos meus avós e na forma como eles se divertiam na minha idade com a sua singela ingenuidade de crianças de aldeia! Depois fui ouvindo melhor e senti que a música me envaidecia... que é uma espécie de antídoto para a auto-estima... realmente precisamos de nos sentir bem "para bailar com que calha" e trazer uma rosa branca... a rosa da personalidade própria e da indiferença para os olhares que pudessem vir da roda... é preciso "gostar do seu jeito" E depois a rosa branca... a rosa da pureza, da verdade, da simplicidade, da simpatia, da paz, da alegria... A rosa branca que também pode ser fria, sem vida, sem cor... Mas lá está... A "roseira pode não gostar de mim" por ser branca e sem cor, no entanto cada um colhe a sua rosa branca e a põe no peito "a seu jeito". Eu vou colorindo a minha... tentando que todos os dias ela se revista de todas as cores do arco-íris para que depois de tantas voltas que dá bailando se desfolhe da forma mais natural, alegre, simples e pura... Ao ir ganhando as cores do arco-íris, vai dançando com quem se encontra e assim se tenta ir tornando uma das bonitas rosas do jardim... Não obstante todas estas tentativas de ser arco-íris, ela continua semelhante àquela simples BRANCA rosa que outrora colheste do Teu jardim.

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